Resumo da resposta:
Precisamos de vácuo para a evaporação térmica principalmente para evitar colisões entre as moléculas evaporadas e as moléculas de gás, o que degradaria a qualidade da película depositada. Além disso, um ambiente de vácuo permite um controlo preciso das taxas de evaporação e da composição da fase de vapor, o que é crucial para a criação de películas finas especializadas e de alta qualidade.
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Explicação pormenorizada:Prevenção de colisões:
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Na evaporação térmica, o material é aquecido até vaporizar e depois condensa-se num substrato. Se a câmara não estiver em vácuo, as moléculas evaporadas podem colidir com as moléculas de gás presentes na câmara. Estas colisões podem alterar o trajeto das moléculas evaporadas, conduzindo a uma deposição irregular ou de má qualidade no substrato. Ao manter um vácuo elevado, normalmente a pressões de cerca de 10^-5 Torr, o caminho livre médio das moléculas evaporadas é significativamente aumentado, permitindo-lhes viajar diretamente para o substrato sem interferência significativa.
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Controlo das taxas de evaporação e da composição da fase de vapor:
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Um ambiente de vácuo permite ajustes precisos na pressão, o que influencia diretamente a taxa de evaporação. Este controlo é crucial para manter um processo de evaporação consistente e suave, o que é essencial para obter películas finas uniformes e de alta qualidade. Além disso, a configuração de vácuo permite a criação de películas finas com composições químicas específicas, o que é vital para aplicações como os revestimentos ópticos, em que as propriedades da película têm de ser rigorosamente controladas.Proteção de compostos sensíveis à temperatura:
A utilização do vácuo para baixar o ponto de ebulição do solvente durante a evaporação ajuda a proteger compostos sensíveis à temperatura que, de outra forma, poderiam reagir ou degradar-se a temperaturas mais elevadas. Isto é particularmente importante em aplicações onde o material que está a ser evaporado é sensível ao calor.