A zircónia é submetida a um processo crítico denominado sinterização para melhorar a sua resistência mecânica e integridade estrutural. A sinterização envolve a fusão de materiais numa massa sólida utilizando calor sem atingir o estado líquido. Este processo é essencial para a produção de zircónia, particularmente em aplicações dentárias onde o material tem de ser forte e durável.
Processo de sinterização:
A sinterização da zircónia envolve normalmente três fases principais: aquecimento, sinterização e arrefecimento. Durante a fase de aquecimento, o material de zircónia é colocado num forno de sinterização capaz de atingir temperaturas elevadas. O calor é inicialmente transferido para a superfície da zircónia e depois conduzido para o núcleo. À medida que a temperatura aumenta, a zircónia contrai-se significativamente, o que é uma parte normal do processo de sinterização.Fornos de sinterização:
Os fornos de sinterização dentária são especificamente concebidos para lidar com as altas temperaturas necessárias para o processamento do zircónio. Estes fornos são utilizados depois de a zircónia ter sido maquinada em restaurações dentárias, tais como coroas, pontes ou estruturas. A capacidade do forno para atingir e manter temperaturas elevadas é crucial para sinterizar a zircónia até à sua dureza final.
Efeitos da Sinterização na Zircónia:
A sinterização não só reduz a porosidade e aumenta a densidade da zircónia, como também transforma a sua estrutura cristalina. A zircónia pré-sinterizada tem uma estrutura cristalina monoclínica, que é macia e fácil de moer. No entanto, quando aquecida a temperaturas entre 1.100°C e 1.200°C, a zircónia sofre uma transformação de fase para um estado cristalino politetragonal. Esta transformação resulta num material que é extremamente duro, denso e forte, melhorando significativamente as suas propriedades mecânicas e translucidez.Contração durante a sinterização: