A principal diferença entre a CVD (deposição química de vapor) de parede quente e a CVD de parede fria reside no método de aquecimento e na distribuição da temperatura no interior do reator. A CVD de parede quente envolve o aquecimento de toda a câmara, incluindo as paredes, para atingir uma temperatura uniforme, enquanto a CVD de parede fria aquece apenas o substrato, mantendo as paredes da câmara à temperatura ambiente. Esta diferença afecta a uniformidade da deposição, a taxa de arrefecimento e a eficiência global do processo.
CVD de parede quente:
Na CVD de parede quente, todo o reator, incluindo as paredes e o substrato, é aquecido. Esta configuração utiliza normalmente aquecedores em ambos os lados das paredes do reator para manter uma temperatura uniforme em toda a câmara. A vantagem deste método é que facilita o processamento em lote, tornando-o relativamente simples de implementar. No entanto, a desvantagem é que a deposição também ocorre nas paredes do reator, o que pode levar à formação de pós e flocos que podem cair sobre o substrato, afectando potencialmente a qualidade da deposição. Além disso, as reacções homogéneas da fase de vapor são comuns neste tipo de reator, o que pode complicar o processo.CVD de parede fria:
Em contraste, a CVD de parede fria apenas aquece o substrato, deixando as paredes da câmara à temperatura ambiente. Este método utiliza várias técnicas de aquecimento, como a passagem de uma corrente através do substrato, o aquecimento por indução ou a utilização de um aquecedor adjacente ao substrato. As principais vantagens da CVD em paredes frias incluem uma conceção mais simples do reator, tempos de deposição mais curtos, aquecimento e arrefecimento rápidos do substrato e custos reduzidos associados à manutenção das condições do processo. Estas vantagens tornam a CVD a frio particularmente adequada para aplicações que requerem um elevado rendimento e um processamento rápido, como a produção de materiais de grafeno.
Impacto na deposição e no controlo do processo: