A deposição em vácuo, especificamente a evaporação térmica ou evaporação térmica em vácuo (VTE), é um método utilizado no fabrico e na investigação para depositar películas finas de material num substrato. Este processo envolve o aquecimento de um material numa câmara de vácuo até que este vaporize e depois se condense num substrato.
O processo:
O processo de evaporação térmica começa com uma câmara de vácuo, normalmente feita de aço inoxidável, que alberga um cadinho ou barco feito de materiais refractários como o tungsténio ou o molibdénio. O material a depositar, conhecido como o evaporante, é colocado dentro deste cadinho ou barco. O ambiente de vácuo é crucial, uma vez que impede que o material vaporizado colida com moléculas de gás, assegurando um processo de deposição limpo. A pressão de vácuo varia entre 10^-5 e 10^-9 Torr, dependendo do nível de contaminação desejado na película depositada. Para uma deposição efectiva, a pressão de vapor do material deve atingir pelo menos 10 mTorr.Métodos de evaporação:
- A evaporação térmica pode ser conseguida através de dois métodos principais:
- Aquecimento elétrico: Isto envolve o aquecimento do material utilizando fios aquecidos eletricamente ou em cadinhos feitos de materiais com pontos de fusão mais elevados. Este método é adequado para materiais que não têm pontos de fusão extremamente elevados.
Aquecimento por feixe de electrões: Para materiais com pontos de fusão mais elevados, pode ser utilizado um feixe de electrões para aquecer e vaporizar o material. Este método permite um controlo preciso do processo de aquecimento e pode lidar com uma gama mais vasta de materiais.
Condições de vácuo:
A pressão de base necessária no dispositivo de revestimento situa-se normalmente entre 10^-7 e 10^-5 mbar, dependendo da qualidade da camada pretendida. Este ambiente de alto vácuo é essencial para a deposição física de vapor (PVD), garantindo que o material se deposita no substrato sem a interferência de moléculas de gás.
Aplicações: