A pulverização catódica é uma técnica de deposição em vácuo utilizada para depositar películas finas de materiais em superfícies. Envolve a criação de um plasma gasoso numa câmara de vácuo, que acelera os iões num material de origem, fazendo com que os átomos sejam eliminados e depositados num substrato. A principal diferença entre a pulverização catódica DC (corrente contínua) e RF (radiofrequência) reside na fonte de energia e na capacidade de lidar com materiais isolantes.
Sputtering DC:
A pulverização catódica DC utiliza uma fonte de energia de corrente contínua, que não é ideal para materiais isolantes, uma vez que estes podem acumular carga e interromper o processo de pulverização catódica. Este método requer uma regulação cuidadosa dos factores do processo, como a pressão do gás, a distância alvo-substrato e a tensão, para obter resultados óptimos. A pulverização catódica DC opera normalmente com pressões de câmara mais elevadas (cerca de 100 mTorr) e requer tensões entre 2.000 e 5.000 volts.Sputtering RF:
A pulverização catódica por radiofrequência, por outro lado, utiliza uma fonte de energia de corrente alternada, que evita a acumulação de carga no alvo, tornando-a adequada para a pulverização de materiais isolantes. Esta técnica pode manter o plasma de gás a pressões de câmara muito mais baixas (inferiores a 15 mTorr), reduzindo as colisões entre as partículas de plasma carregadas e o material alvo. A pulverização por RF requer tensões mais elevadas (1.012 volts ou mais) devido à utilização de energia cinética para remover os electrões dos átomos de gás, criando ondas de rádio que ionizam o gás. A aplicação de uma corrente alternativa a frequências de 1MHz ou superiores ajuda a descarregar eletricamente o alvo durante a pulverização catódica, semelhante ao fluxo de corrente através de meios dieléctricos de condensadores em série.