Conhecimento O que acontece quando se comprime um metal quente? 5 etapas principais explicadas
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Atualizada há 4 meses

O que acontece quando se comprime um metal quente? 5 etapas principais explicadas

Quando o metal quente é comprimido, é submetido a um processo conhecido como prensagem a quente.

Este método combina calor e pressão para formar materiais duros e quebradiços, como pós metálicos e cerâmicos.

É amplamente utilizado em indústrias como as de ferramentas de corte e cerâmica técnica.

O que acontece quando se comprime metal quente? 5 etapas principais explicadas

O que acontece quando se comprime um metal quente? 5 etapas principais explicadas

1. Aplicação de calor e pressão

O processo começa por encher um molde de grafite com pó solto ou uma peça pré-compactada.

Este molde permite o aquecimento até temperaturas extremamente elevadas, normalmente cerca de 2.400 °C (4.350 °F).

As pressões podem atingir até 50 MPa (7.300 psi).

A combinação de alta temperatura e pressão promove o processo de sinterização.

É neste processo que as partículas se unem nos seus pontos de contacto, reduzindo a porosidade e aumentando a densidade.

2. Tipos de aquecimento

Existem três tipos principais de aquecimento utilizados na prensagem a quente: aquecimento por indução, aquecimento por resistência indireta e técnica de sinterização assistida por campo (FAST) ou prensagem direta a quente.

Cada método assegura que o material é aquecido de forma uniforme e eficiente, facilitando o processo de sinterização.

3. Efeitos da temperatura, da pressão e do tempo

A temperatura e a pressão aplicadas influenciam significativamente a contração e a densidade final do produto.

Temperaturas mais elevadas e pressões maiores resultam numa contração mais forte do lingote prensado inicialmente, e o tempo necessário para a densidade estabilizar é mais curto.

O tempo de retenção também desempenha um papel crucial.

Uma vez atingido um determinado limiar, novos aumentos no tempo de espera não aumentam a densidade, indicando a conclusão do processo de densificação.

4. Desoxidação e controlo atmosférico

As temperaturas elevadas podem provocar a oxidação dos metais, o que é indesejável no processo de sinterização.

Para evitar a oxidação, é criada uma atmosfera inerte na câmara de sinterização através da introdução de azoto e da extração de oxigénio.

Este gás inerte actua como uma barreira, impedindo a oxidação e assegurando a integridade do metal sinterizado.

5. Conclusão

A prensagem a quente é um processo crítico na metalurgia dos pós que não só dá forma ao material como também melhora as suas propriedades mecânicas, como a densidade, a dureza e a resistência.

Controlando cuidadosamente a temperatura, a pressão e a atmosfera, é possível produzir componentes metálicos de alta qualidade com um mínimo de porosidade e óptimas propriedades mecânicas.

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