As pérolas de fusão são uma parte crucial de muitos processos analíticos. São preparadas através de uma série de passos meticulosos que garantem que a amostra está homogeneizada e pronta para uma análise precisa.
Como são preparadas as pérolas de fusão? Explicação dos 5 passos principais
1. Preparação da amostra
A amostra deve ser finamente pulverizada, normalmente com menos de 75 micrómetros de tamanho. Isto assegura uma mistura mais uniforme com o fundente.
2. Mistura com o fluxo
A amostra em pó é misturada com um fundente, normalmente um tetraborato de lítio ou uma mistura de tetraborato e metaborato. O rácio entre o fluxo e a amostra varia entre 5:1 e 10:1. Esta relação é crítica, uma vez que determina a homogeneidade da pérola final e a eficiência do processo de fusão.
3. Aquecimento
A mistura é aquecida a temperaturas entre 900°C e 1000°C num cadinho de platina. Esta temperatura elevada é necessária para dissolver completamente a amostra no fundente, criando uma mistura líquida homogénea.
4. Fundição
A mistura fundida é então vertida num molde com um fundo plano. O molde é normalmente feito de platina para suportar as altas temperaturas e a natureza corrosiva da mistura fundida.
5. Arrefecimento e solidificação
Após a fundição, a mistura arrefece e solidifica num disco de vidro ou conta fundida. Esta pérola é uma representação homogénea da amostra, livre de quaisquer estruturas minerais.
As vantagens deste método incluem a redução dos efeitos mineralógicos ou de matriz, conduzindo a análises mais exactas. Além disso, permite a combinação de vários tipos de matrizes diferentes na mesma curva de calibração.
No entanto, o método também tem desvantagens, como uma diluição relativamente elevada da amostra, que pode afetar a análise de oligoelementos, e custos mais elevados associados ao equipamento e materiais necessários.
A espessura típica das esferas fundidas, cerca de 3 mm, pode levar a problemas de espessura infinita para elementos mais pesados. Os custos iniciais do equipamento e dos utensílios de platina são mais elevados, mas o custo de preparação por amostra é semelhante ao das pastilhas prensadas.
Em resumo, as pérolas de fusão são preparadas através de um processo meticuloso de mistura, aquecimento e fundição, que resulta numa amostra homogénea adequada para uma análise precisa, embora com algumas desvantagens em termos de custo e complexidade.
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