O processo PECVD é um método utilizado no fabrico de semicondutores para depositar películas finas num substrato a temperaturas mais baixas do que a tradicional deposição de vapor químico (CVD). Isto é conseguido através da utilização de plasma para melhorar as reacções químicas necessárias para a deposição da película.
Resumo do processo PECVD:
A PECVD envolve a utilização de plasma para facilitar a deposição de películas finas num substrato. Este processo é caracterizado por temperaturas mais baixas, normalmente entre 200-400°C, o que é significativamente mais baixo do que as temperaturas utilizadas nos processos convencionais de CVD, que podem variar entre 425-900°C. A utilização de plasma permite a ativação de gases reagentes a estas temperaturas mais baixas, tornando-o adequado para a deposição de materiais em substratos que, de outra forma, poderiam ser danificados por temperaturas mais elevadas.
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Explicação pormenorizada:Ativação de Gases Reactivos:
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Num sistema PECVD, os gases reagentes são introduzidos entre dois eléctrodos, um dos quais está ligado à terra e o outro é alimentado por energia de radiofrequência (RF). A potência de RF a uma frequência de 13,56 MHz é utilizada para gerar um plasma entre estes eléctrodos. Esta formação de plasma deve-se ao acoplamento capacitivo entre os eléctrodos, que ioniza o gás e cria espécies reactivas e energéticas através de colisões.
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Reacções químicas:
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As espécies reactivas criadas no plasma sofrem reacções químicas. Estas reacções são impulsionadas pela energia fornecida pelo plasma, que é mais eficiente do que apenas a energia térmica. Os produtos destas reacções são então depositados como uma película fina no substrato.Deposição no substrato:
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As espécies reactivas difundem-se através da bainha (a região entre o plasma e o elétrodo) e adsorvem-se na superfície do substrato. Aqui, interagem com a superfície e formam uma camada de material. Este processo continua até se atingir a espessura de película desejada.
Vantagens do PECVD: