Sim, a prata pode ser evaporada. O processo envolve o aquecimento da prata a altas temperaturas, onde ela derrete e depois evapora ou sublima num vapor. Este vapor condensa-se então numa forma sólida nas superfícies, revestindo-as com uma fina camada de prata. Este método é normalmente utilizado na formação de películas finas e espelhos semi-silenciosos.
Contexto histórico e metodologia:
Em 1931, Ritschl demonstrou a evaporação térmica da prata a partir de um cesto de arame de tungsténio para criar espelhos semi-encobertos. Esse trabalho pioneiro estabeleceu o uso da evaporação de um filamento no vácuo para formar um filme. O processo envolve aquecer a prata até ao seu ponto de fusão e depois deixá-la evaporar num ambiente de vácuo controlado. O vácuo é crucial, pois minimiza as colisões dos átomos de prata em evaporação com outras moléculas de gás, garantindo uma deposição limpa e eficiente da prata nas superfícies desejadas.Avanços tecnológicos:
Ao longo do tempo, a técnica de evaporação térmica tem evoluído. Por exemplo, no caso da evaporação de materiais que formam ligas com a fonte de evaporação (como o alumínio com o tungsténio), foram desenvolvidos novos métodos, como a evaporação flash. Esta técnica, relatada por L. Harris e B.M. Siegel em 1948, consiste em deixar cair pequenas quantidades de material numa superfície muito quente, assegurando que cada porção é completamente vaporizada antes de ser introduzida a seguinte. Isto evita a formação de ligas e a consequente "queima" da fonte de evaporação.
Aplicação e limitações:
A evaporação térmica é amplamente utilizada para materiais como ouro, prata, titânio, dióxido de silício, tungsténio e cobre. No entanto, tem limitações com materiais que requerem temperaturas extremamente elevadas para a evaporação, tais como metais refractários como a platina. Para estes materiais, a evaporação por feixe de electrões é preferível, uma vez que pode suportar temperaturas muito superiores às da evaporação térmica.
Princípios científicos: