A prensagem isostática a frio (CIP) é um processo de fabrico utilizado para formar e consolidar materiais em pó numa peça "em bruto" densa e resistente, adequada para processamento posterior, como a sinterização ou a prensagem isostática a quente. Este método é particularmente eficaz para criar formas grandes ou complexas e para materiais em que o elevado custo das matrizes de prensagem não se justifica.
Detalhes do processo:
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Preparação de pós: O material em pó, que pode ser metal, cerâmica, plástico ou compósito, é primeiro preparado. A escolha do material depende da aplicação pretendida.
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Moldagem: O pó é colocado num molde elastomérico, que pode ser um saco seco ou um saco húmido. No processo de saco seco, o molde é fixado permanentemente no interior do cilindro de alta pressão, adequado para a produção em massa de formas simples. No processo de saco húmido, o molde é colocado diretamente na câmara de pressão cheia com um meio líquido.
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Prensagem: O molde é então sujeito a uma pressão elevada, normalmente entre 100 e 600 MPa, utilizando um meio líquido como água ou óleo misturado com um inibidor de corrosão. Esta pressão é aplicada uniformemente em toda a superfície do molde, assegurando uma densidade consistente em toda a peça.
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Remoção e processamento posterior: Após a prensagem, a pressão é aliviada e a peça é removida do molde. É então processada, o que inclui frequentemente a sinterização para obter a resistência e as propriedades finais desejadas.
Vantagens:
- Densidade uniforme: Ao contrário dos métodos de prensagem tradicionais, a CIP elimina a fricção entre a parede do molde, o que leva a uma distribuição de densidade mais uniforme no produto final.
- Versatilidade: Pode lidar com uma vasta gama de materiais e formas, tornando-o adequado para várias indústrias, incluindo a aeroespacial, a automóvel e a eletrónica.
- Económico para formas grandes ou complexas: O processo é económico para a produção de peças grandes ou complexas onde o custo das matrizes seria proibitivo.
Aplicações:
A CIP é amplamente utilizada na consolidação de materiais como cerâmica, grafite, materiais refractários e cerâmicas avançadas como nitreto de silício e carboneto de silício. Está também a expandir-se para novas áreas, como a compressão de alvos de pulverização catódica e o revestimento de componentes de válvulas para reduzir o desgaste dos motores.Conclusão: