O carboneto de silício (SiC) apresenta vários desafios, apesar das suas propriedades vantajosas, como a elevada condutividade térmica, a baixa expansão térmica e a dureza excecional. Os principais desafios incluem a dificuldade de fabrico, a sensibilidade ao choque térmico e a necessidade de técnicas de processamento especializadas.
Dificuldades de fabrico:
O carboneto de silício é extremamente duro, o que torna difícil o seu fabrico em peças de precisão. Os métodos de maquinagem tradicionais não são eficazes devido à dureza do material. Como já foi referido, o fabrico de peças de precisão a partir de SiC CVD tem de ser efectuado através de tecnologias de retificação com diamante. Este processo não só é moroso como também dispendioso, devido ao elevado custo das ferramentas diamantadas e à energia necessária para a retificação. Além disso, as propriedades eléctricas do SiC, em particular a sua baixa resistência eléctrica, exigem a utilização de técnicas especializadas como a maquinagem por descarga eléctrica (EDM) para criar características finas. Isto aumenta a complexidade e o custo de fabrico dos componentes de SiC.Sensibilidade ao choque térmico:
Embora o SiC tenha uma elevada condutividade térmica (120-270 W/mK) e uma baixa expansão térmica (4,0x10-6/°C), o que geralmente contribui para a sua resistência ao choque térmico, as rápidas mudanças de temperatura podem ainda induzir tensões térmicas que conduzem a microfissuras. Esta sensibilidade ao choque térmico exige uma análise cuidadosa em aplicações que envolvam aquecimento ou arrefecimento rápidos. O revestimento protetor de óxido de silício que se forma a altas temperaturas pode ajudar a mitigar este problema, mas não é uma solução completa. Os engenheiros têm de conceber componentes com transições de temperatura graduais para evitar danos, o que pode limitar a flexibilidade operacional dos componentes de SiC.
Técnicas de processamento especializadas: