A pressão isostática a frio, ou prensagem isostática a frio (CIP), é um processo que envolve a sujeição de um material a uma pressão uniforme de todos os lados à temperatura ambiente ou ligeiramente acima (até 93°C). Este método é particularmente eficaz para moldar e consolidar materiais em pó, criar formas complexas e obter uma elevada densidade verde.
Descrição do processo:
No processo CIP, um molde ou amostra aspirada é colocado numa câmara cheia de um meio fluido de alta pressão, normalmente água com um inibidor de corrosão. Este fluido é então pressurizado por uma bomba externa, aplicando uma pressão uniforme no material a partir de todas as direcções. A pressão aplicada pode variar entre 100 e 600 MPa, consoante o material e a densidade pretendida. A utilização de um meio fluido assegura que a pressão é distribuída uniformemente por toda a superfície do molde, o que é crucial para obter densidades uniformes.Vantagens:
Uma das vantagens significativas da CIP em relação à prensagem a frio tradicional é a ausência de fricção na parede do molde. Esta ausência leva a uma distribuição mais uniforme da densidade no produto final. Além disso, a CIP é versátil no processamento de vários materiais, incluindo cerâmica, grafite, materiais refractários e cerâmica avançada, como nitreto de silício e carboneto de silício. O processo é capaz de atingir densidades teóricas elevadas, próximas de 100% para metais e cerca de 95% para pós cerâmicos.
Aplicações:
O CIP é amplamente utilizado nas indústrias para a consolidação de materiais que requerem alta precisão e uniformidade na densidade. As aplicações mais comuns incluem a produção de isoladores eléctricos, componentes cerâmicos avançados e alvos de pulverização catódica. A tecnologia está também a expandir-se para sectores como as telecomunicações, eletrónica, aeroespacial e automóvel, onde a qualidade e o desempenho dos materiais são críticos.
Especificações técnicas: