O problema com o óleo de pirólise gira principalmente em torno da sua instabilidade, natureza corrosiva e composição complexa, que impedem a sua utilização comercial generalizada e exigem um processamento adicional para uma utilização efectiva.
Instabilidade e envelhecimento:
- O óleo de pirólise, composto por produtos de decomposição intermédios e reactivos, é inerentemente instável e propenso a alterações ao longo do tempo. Esta instabilidade manifesta-se de várias formas:Aumento da viscosidade:
- Com o tempo, há um aumento notável na viscosidade do óleo, o que pode complicar o seu manuseamento e utilização em várias aplicações.Reacções de condensação:
- O envelhecimento do óleo de pirólise é impulsionado por reacções de condensação entre os seus componentes reactivos. Estas reacções podem levar à separação de fases, o que complica ainda mais a estabilidade e a capacidade de utilização do óleo.Reatividade a Altas Temperaturas:
Quando aquecido a 100 °C ou mais, o óleo de pirólise reage rapidamente, levando à formação de um resíduo sólido e de um destilado que contém compostos orgânicos voláteis e água. Isto torna-o inadequado para processos que requerem a re-vaporização após a recuperação.Composição complexa e carácter corrosivo:
- O óleo contém uma mistura complexa de grupos funcionais de oxigénio, que contribuem para a sua natureza corrosiva e baixo poder calorífico. Esta complexidade resulta da presença de até 40% de oxigénio em peso, o que torna o óleo diferente dos óleos de petróleo em vários aspectos:
- Não miscibilidade com óleos de petróleo: O óleo de pirólise não é miscível com os óleos de petróleo, limitando o seu potencial de mistura com os combustíveis convencionais.
- Alto teor de água: Contém frequentemente 20-30% de água, o que não só reduz o seu conteúdo energético como também afecta a sua estabilidade e manuseamento.
Acidez: O óleo é ácido, o que pode levar à corrosão nos sistemas de armazenamento e transporte, necessitando de medidas de proteção adicionais.
- Desafios económicos e tecnológicos:
- Apesar do seu potencial como fonte de energia renovável, o óleo de pirólise enfrenta desafios económicos e tecnológicos que limitam a sua viabilidade comercial:Competitividade económica:
Atualmente, o óleo de pirólise não é economicamente competitivo como combustível geral devido à sua qualidade inferior e à necessidade de processamento adicional.Complexidade de processamento:
O método convencional de desoxigenação do óleo de pirólise, a hidrodesoxigenação catalítica (HDO), consome muita energia e requer hidrogénio, o que torna o processo dispendioso e menos sustentável.
Utilização e melhoramento: