Conhecimento Por que é importante manter temperaturas ultrabaixas para amostras biológicas? A chave para preservar a integridade da amostra
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Equipe técnica · Kintek Solution

Atualizada há 3 semanas

Por que é importante manter temperaturas ultrabaixas para amostras biológicas? A chave para preservar a integridade da amostra


Em sua essência, manter temperaturas ultrabaixas para amostras biológicas é o único método confiável para pausar o tempo biológico. Este processo, conhecido como criopreservação, interrompe efetivamente a atividade molecular e enzimática que causa a degradação, preservando a integridade, função e viabilidade de espécimes para futuras pesquisas, diagnósticos e uso terapêutico.

O desafio fundamental na preservação de material biológico é que a vida é um processo de mudança e degradação constantes. As temperaturas ultrabaixas não servem apenas para resfriar as coisas; elas servem para levar todos os processos biológicos a uma paralisação virtual, impedindo que qualquer alteração adicional ocorra.

Por que é importante manter temperaturas ultrabaixas para amostras biológicas? A chave para preservar a integridade da amostra

A Ciência da Parada Biológica

Para entender a importância do frio extremo, devemos primeiro compreender os mecanismos que destroem as amostras biológicas em nível microscópico, mesmo quando congeladas.

Interrompendo a Atividade Enzimática e Metabólica

Toda degradação biológica é impulsionada por enzimas e reações metabólicas. Embora o congelamento padrão retarde esses processos, ele não os interrompe completamente.

Em temperaturas em torno de -20°C ou mesmo -80°C, o movimento molecular residual permite que alguma atividade enzimática continue por longos períodos, degradando lentamente proteínas, ácidos nucleicos e estruturas celulares.

Somente ao atingir temperaturas ultrabaixas, tipicamente abaixo de -130°C, o movimento molecular é reduzido a um ponto em que esses processos destrutivos cessam efetivamente.

Prevenindo Danos por Cristais de Gelo

Quando a água congela lentamente, ela forma cristais de gelo grandes e pontiagudos. Esses cristais agem como adagas microscópicas, perfurando e dilacerando fisicamente as membranas celulares e organelas.

Esse dano físico é irreversível e é uma das principais razões pelas quais as células congeladas inadequadamente não são mais viáveis após o descongelamento.

A criopreservação visa resfriar as amostras tão rapidamente que as moléculas de água não tenham tempo de se organizar em grandes cristais. Em vez disso, elas ficam presas em um estado desordenado, semelhante ao vidro, conhecido como vitrificação, que preserva a estrutura celular.

A Temperatura de Transição Vítrea

O limiar crítico para a preservação a longo prazo é a temperatura de transição vítrea da água, que é de aproximadamente -132°C.

Abaixo dessa temperatura, a água se comporta como um vidro sólido e a difusão molecular é praticamente zero. Isso garante que, mesmo ao longo de décadas, não haja risco de crescimento de cristais de gelo (um processo chamado recristalização) ou de ocorrência de degradação bioquímica.

É por isso que o armazenamento em nitrogênio líquido, que mantém uma temperatura estável de -196°C, é o padrão ouro para preservar células valiosas e insubstituíveis.

As Consequências da Instabilidade de Temperatura

Mesmo pequenos desvios da temperatura ultrabaixa alvo podem ter consequências catastróficas para a integridade da amostra.

O Perigo dos Ciclos de Descongelamento-Recongelamento

Toda vez que a temperatura de uma amostra sobe, mesmo que ligeiramente, a atividade molecular pode recomeçar. Se a temperatura subir acima do ponto de transição vítrea, pequenos cristais de gelo podem começar a se fundir e crescer em cristais maiores e mais destrutivos.

Isso significa que flutuações de temperatura repetidas e menores — como as causadas pela abertura da porta de um freezer — podem destruir incrementalmente uma amostra ao longo do tempo.

Perda de Viabilidade da Amostra

Para aplicações que exigem células vivas, como fertilização in vitro (FIV), terapia com células-tronco ou pesquisa baseada em células, a viabilidade é fundamental.

O congelamento inadequado ou a instabilidade de temperatura levam diretamente à morte celular. Isso torna as amostras inúteis para sua finalidade terapêutica ou experimental pretendida, representando uma perda significativa de tempo, recursos e oportunidade clínica.

Dados e Diagnósticos Comprometidos

Em pesquisa e diagnóstico, o objetivo é analisar uma amostra como ela estava no momento da coleta.

Se uma amostra se degrada durante o armazenamento, as proteínas, o RNA ou os metabólitos que estão sendo medidos podem mudar ou desaparecer. Isso leva a dados imprecisos, resultados de diagnóstico não confiáveis e experimentos não reprodutíveis.

Combinando Armazenamento com Seu Objetivo

Escolher a temperatura de armazenamento correta é uma decisão crítica que depende inteiramente da natureza da sua amostra e dos seus objetivos de longo prazo.

  • Se o seu foco principal for o armazenamento de curto prazo de moléculas robustas como DNA ou certas proteínas: O armazenamento a -80°C pode ser suficiente, pois essas moléculas são menos suscetíveis a danos estruturais.
  • Se o seu foco principal for a viabilidade a longo prazo de células vivas (por exemplo, células-tronco, gametas ou linhagens celulares): A criopreservação em nitrogênio líquido (-196°C) é o único método aceitável para prevenir danos por cristais de gelo e garantir a funcionalidade após o descongelamento.
  • Se o seu foco principal for preservar o estado preciso de biomarcadores sensíveis para análise: Temperaturas ultrabaixas são essenciais para criar uma linha de base estável e imutável e garantir que seus resultados reflitam o verdadeiro estado biológico no momento da coleta.

Em última análise, o controle preciso da temperatura é a base sobre a qual a ciência e a medicina biológicas confiáveis são construídas.

Tabela Resumo:

Temperatura Impacto Principal Adequado Para
-20°C Retarda a degradação Armazenamento de curto prazo de reagentes estáveis
-80°C Retarda a maior parte da atividade enzimática Armazenamento de curto prazo de DNA, proteínas
Abaixo de -130°C Interrompe todo o movimento molecular e a degradação Preservação a longo prazo de células vivas, biomarcadores sensíveis
-196°C (Nitrogênio Líquido) Padrão ouro para estase completa Células insubstituíveis, gametas, células-tronco, biobancos de longo prazo

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